Fux Abala o STF: Pedido de Anulação do Processo Contra Bolsonaro Escancara Crise na Corte

Fux Abala o STF: Pedido de Anulação do Processo Contra Bolsonaro Escancara Crise na Corte

O ministro Luiz Fux colocou mais lenha na fogueira do Supremo Tribunal Federal (STF) ao votar, nesta quarta-feira (10 de setembro de 2025), pela anulação do processo contra Jair Bolsonaro e seus aliados. O argumento de “incompetência absoluta” do STF para julgar o caso não é apenas uma divergência jurídica: é também um duro questionamento à forma como a Corte tem conduzido um dos processos mais explosivos da história recente.

Na prática, o voto de Fux escancara uma divisão interna e levanta dúvidas sobre a legitimidade das decisões já tomadas.


Incompetência ou Estratégia Política?

Fux sustentou que o STF não deveria julgar o caso, pois Bolsonaro e os demais réus já não possuem foro privilegiado. Para ele, o julgamento caberia à primeira instância — ou, no mínimo, ao plenário do STF.

Essa posição, embora tecnicamente defensável, levanta suspeitas sobre o timing e os efeitos políticos da decisão. Afinal, um eventual reinício do processo significaria atrasos, desgaste institucional e, para muitos, a sensação de que o Supremo está mais preocupado em brigar entre si do que em garantir justiça.


O “Tsunami de Dados” e o Cerceamento da Defesa

O ministro também apontou falhas graves no acesso às provas, que somam 70 terabytes de informações. Segundo ele, a defesa não teve tempo hábil nem condições técnicas para analisar o material antes do início das audiências.

Esse “tsunami de dados”, como chamou Fux, teria violado o direito à ampla defesa. Mas aqui surge uma questão: será que o problema é realmente técnico ou estamos diante de um argumento conveniente para desidratar um processo que ameaça figuras poderosas da política brasileira?


O Que Está em Jogo de Verdade?

O voto de Fux não absolve Bolsonaro, mas mina a credibilidade da Primeira Turma do STF. Se sua visão prevalecer, o processo recomeça do zero em outra instância, abrindo margem para anos de recursos, manobras jurídicas e desgaste político.

O Brasil, mais uma vez, pode assistir à justiça andando em círculos, enquanto a sociedade permanece dividida e descrente na capacidade das instituições.


STF em Crise de Autoridade

Mais do que uma questão processual, a fala de Fux expõe uma crise de autoridade dentro do Supremo. Quando ministros discordam publicamente sobre quem deve ou não julgar um caso dessa magnitude, o resultado é claro: erosão de confiança e combustível para narrativas políticas que acusam o STF de parcialidade.

O voto de Fux, portanto, não é apenas técnico — é um gesto que fortalece ainda mais o debate sobre a politização da Corte.


Justiça ou Jogo de Poder?

A postura de Luiz Fux levanta uma questão incômoda: estamos diante de um zelo legítimo pelo devido processo legal ou de uma manobra que pode atrasar indefinidamente a responsabilização de Bolsonaro e seus aliados?

Enquanto o STF se perde em disputas internas, o país segue à mercê da insegurança jurídica. O julgamento da “trama golpista” já não é apenas sobre os réus, mas sobre a credibilidade da Suprema Corte em um momento crítico.

Continue acompanhando nossas análises para entender como cada movimento no STF influencia não só a política, mas também o futuro democrático e econômico do Brasil. https://pay.kiwify.com.br/5EgzoCm?afid=YoXi4vEy

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *